61% dos brasileiros “não lembram como era a vida” antes do WhatsApp, revela pesquisa

O WhatsApp continua sendo o principal meio de comunicação dos brasileiros em 2025, com impressionantes 97% dos usuários acessando o aplicativo pelo menos uma vez ao dia. A informação vem de uma pesquisa recente realizada pela Opinion Box, que entrevistou 1.126 pessoas durante o mês de junho. Entre os usuários diários, 34% mantêm o aplicativo aberto constantemente e 61% acessam o app múltiplas vezes ao longo do dia.

O levantamento também revelou que o Brasil se mantém como o segundo maior mercado do WhatsApp globalmente, ficando atrás apenas da Índia. Segundo estimativas da Statista citadas no estudo, aproximadamente 147 milhões de brasileiros são usuários ativos do aplicativo, o que representa 99% da população com acesso à internet no país.

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Quando se trata das funcionalidades mais utilizadas, as mensagens de texto lideram com 88% de adesão, seguidas pelas mensagens de áudio (80%). As chamadas de voz aparecem em terceiro lugar, sendo usadas por 72% dos entrevistados, com 37% realizando ligações diariamente pelo aplicativo. Curiosamente, a maioria dos usuários (73%) considera a qualidade das chamadas igual ou superior às realizadas pelos serviços tradicionais das operadoras.

O envio de imagens também é bastante popular, praticado por 71% dos participantes, enquanto as videochamadas são utilizadas por 63% e o compartilhamento de vídeos por 60%. Recursos como emojis e gifs têm adesão de 53%, enquanto a função “status” é a menos utilizada entre as principais, com apenas 34% dos usuários.

A participação em grupos é praticamente universal entre os brasileiros. A pesquisa mostra que 94% dos usuários fazem parte de pelo menos um grupo no WhatsApp. Os mais comuns são os familiares (74%), seguidos pelos grupos de amigos (72%) e os relacionados ao trabalho (58%). Também aparecem com frequência grupos ligados a estudos (39%), promoções (36%), vendas (33%) e empresas (26%). Já as comunidades, recurso que permite agrupar vários grupos sob um mesmo tema, têm uso mais limitado – apenas 45% dos entrevistados afirmam já ter utilizado essa função.

O WhatsApp também se consolidou como um importante canal de relacionamento com empresas. Dos entrevistados, 82% já se comunicaram com marcas através do aplicativo, principalmente para tirar dúvidas (75%), receber suporte (67%), realizar compras (60%) e obter promoções (52%). Mais da metade dos usuários já comprou produtos (54%) ou contratou serviços (61%) diretamente pelo app, utilizando principalmente o Pix como forma de pagamento (71%).

Entretanto, os brasileiros têm ressalvas quanto à comunicação comercial. A maioria (59%) não gosta de receber respostas automáticas, e 51% só aceitam publicidade caso tenham fornecido o número para a empresa. Quando recebem mensagens de marcas desconhecidas, 18% bloqueiam imediatamente o contato, enquanto 46% leem a mensagem antes de decidir se vão interagir. A frequência ideal de mensagens comerciais, segundo os entrevistados, seria de uma vez por semana (30%) ou menos.

O uso do WhatsApp vai além do smartphone. O estudo mostra que 73% dos usuários também acessam o aplicativo pelo computador, ampliando a versatilidade da ferramenta. Quanto à intensidade de uso, 44% dos entrevistados afirmam ter aumentado o tempo dedicado ao app nos últimos 12 meses, enquanto 46% mantiveram o mesmo padrão de utilização. Para os próximos 12 meses, 27% preveem que usarão ainda mais o aplicativo, e 63% devem manter o uso atual.

A dependência do WhatsApp na vida cotidiana fica evidente quando 61% dos entrevistados confessam “não lembrar como era a vida” sem o aplicativo. Ao mesmo tempo, 58% gostariam de separar melhor o uso pessoal do profissional. Em relação à segurança, os recursos mais utilizados são o backup de mensagens (49%), a autenticação em dois fatores (47%) e a restrição da foto de perfil apenas para contatos (43%).

A pesquisa da Opinion Box confirma a centralidade do WhatsApp na comunicação dos brasileiros, abrangendo desde conversas pessoais até relações profissionais e comerciais, posicionando o app como uma ferramenta praticamente indispensável no cotidiano digital do país.