Uso do ChatGPT para notícias cresce entre jovens brasileiros
Uso do ChatGPT para notícias cresce entre jovens brasileiros
A forma como os brasileiros mais jovens consomem informação está mudando — e rápido. De acordo com o Digital News Report 2025, 15% das pessoas com menos de 25 anos já recorrem a ferramentas de inteligência artificial para se manter atualizados. O número mais que dobra a média global (7%) e reforça um movimento claro: os chatbots estão ganhando espaço no noticiário.
No Brasil, 9% dos entrevistados já usam IAs como fontes de notícia, o que coloca o país à frente de boa parte do mundo e atrás apenas da TV e das redes sociais como meio preferido de acesso à informação.
ChatGPT é o chatbot mais usado para notícias no mundo
Quando o assunto é consumo de notícias via IA, o ChatGPT aparece disparado na liderança global. Segundo o levantamento, ele é a escolha de 4% dos usuários, enquanto plataformas como Gemini e Meta AI aparecem com 2% cada. Claude, Perplexity, Copilot e o My AI do Snapchat ficam na casa de 1%.
Embora os números ainda pareçam modestos, o relatório alerta para uma curva de crescimento acelerada. Isso se deve, em grande parte, à integração cada vez mais fluida entre IAs e plataformas de busca ou redes sociais, tornando a IA uma ponte natural entre o usuário e o conteúdo jornalístico.
Por que os jovens estão preferindo IA aos portais?
Os pesquisadores identificaram três motivos principais para o avanço dos chatbots como fontes de informação entre os jovens:
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Resumos rápidos de notícias longas ou complexas
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Traduções automáticas, que ampliam o acesso a conteúdos internacionais
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Recomendações personalizadas com base no interesse do usuário
Além disso, a possibilidade de fazer perguntas adicionais sobre o tema, como em uma conversa, tem sido apontada como um diferencial em relação aos portais tradicionais.
Para os veículos jornalísticos, essa nova lógica de consumo representa tanto um alerta quanto uma chance estratégica. De um lado, é fundamental compreender como o conteúdo está sendo exibido por essas plataformas — e quais algoritmos estão moldando a narrativa. De outro, há um campo fértil para pensar integrações com IA que ampliem o alcance das notícias, especialmente entre públicos mais jovens.
Uma mudança de longo prazo (mas que já começou)
O estudo ouviu 97 mil pessoas em 47 países, incluindo o Brasil. Apesar de o uso de IA como fonte de informação ainda estar em fase inicial, a distância entre a média geral e os usuários jovens é um forte indicativo de tendência. Com a evolução das tecnologias generativas e sua presença cada vez mais integrada ao dia a dia, tudo indica que essa virada no consumo de notícias está apenas começando.
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