Tesla lança robotáxis, mas tem um detalhe: com monitores humanos no banco do passageiro

Tesla lança robotáxis, mas tem um detalhe: com monitores humanos no banco do passageiro

A Tesla começou a enviar convites para o aguardado serviço de robotáxis, mas com uma surpresa que frustrou os entusiastas: haverá um “monitor de segurança” no banco do passageiro acompanhando todas as viagens. O lançamento está marcado para 22 de junho, bem diferente da promessa de Elon Musk de oferecer um serviço completamente autônomo “sem ninguém no carro”.

O convite, enviado para influenciadores e investidores da empresa, deixa claro que a revolução da mobilidade totalmente autônoma terá que esperar um pouco mais. Essa mudança representa um recuo significativo em relação às declarações anteriores do CEO da Tesla, que em janeiro deste ano havia garantido o lançamento de um serviço “sem supervisão” para este verão americano.

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Além da presença do monitor humano, o serviço terá diversas restrições operacionais. Os usuários só poderão solicitar viagens entre 6h e meia-noite, dentro de uma área geográfica limitada e sem acesso a aeroportos. Os convites também alertam que “o serviço pode ser limitado ou indisponível em condições climáticas adversas” – um desafio comum para veículos autônomos que frequentemente têm dificuldades em condições de visibilidade reduzida.

Os convidados poderão levar apenas um acompanhante adicional, que deve ter pelo menos 18 anos de idade, o que restringe ainda mais o uso como alternativa de mobilidade familiar. Essa cautela reflete tanto limitações técnicas quanto pressões regulatórias que a empresa vem enfrentando.

The NHTSA makes it official—it will allow up to 2,500 autonomous vehicles  per manufacturer per year to be put into circulation—GM and Ford among them

Pressão regulatória intensifica cautela da Tesla

Nos últimos meses, a Tesla enfrentou questionamentos da Administração Nacional de Segurança no Trânsito Rodoviário dos EUA (NHTSA), que solicitou mais informações sobre “a capacidade do sistema da Tesla de reagir apropriadamente a condições de visibilidade reduzida nas estradas” – justamente uma das limitações mencionadas nos convites.

Além disso, legisladores do Texas pediram que a montadora adiasse o lançamento do serviço de robotáxi até setembro, quando entrará em vigor uma revisão na lei estadual sobre direção autônoma. A nova legislação exigirá que serviços de robotáxi obtenham autorização do Departamento de Veículos Motorizados antes de operar sem motorista humano.

Durante a chamada de resultados da empresa em abril, Musk havia explicado que os 10 a 20 veículos Model Y utilizados no serviço seriam operados remotamente em caso de emergência. Agora, com o monitor humano presente fisicamente no veículo, fica claro que a empresa optou por uma abordagem muito mais conservadora.

A diferença entre a promessa de carros totalmente autônomos e a realidade de um serviço supervisionado evidencia os desafios técnicos, regulatórios e de segurança que persistem mesmo para empresas na vanguarda tecnológica como a Tesla. Para o mercado brasileiro, onde as discussões sobre veículos autônomos ainda estão em estágio inicial, essa cautela reforça que o caminho para a autonomia total ainda deve passar por etapas graduais de implementação.

Fonte: Electrek

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