Será que seu emprego está ameaçado? 1 em cada 3 brasileiros teme perder o emprego para a IA

Será que seu emprego está ameaçado? 1 em cada 3 brasileiros teme perder o emprego para a IA

Resumo rápido:
Um novo estudo da Pluxee mostra que 1 em cada 3 brasileiros teme perder o emprego para a inteligência artificial. Ainda assim, 75% acreditam que a IA pode ser uma aliada no trabalho, trazendo eficiência, inovação e economia de tempo. Pesquisas internacionais revelam que esse receio também se espalha por outros países.


Um novo estudo da Pluxee revela um Brasil dividido entre a ansiedade e a esperança diante da automação gerada pela inteligência artificial. Enquanto uma parcela expressiva dos trabalhadores teme ser substituída por robôs e algoritmos, a maioria já reconhece os benefícios da tecnologia no dia a dia profissional.

Medo e fascínio convivem no ambiente de trabalho

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Segundo o levantamento, 32% dos brasileiros têm medo de perder seus empregos por causa da inteligência artificial. Essa preocupação é reflexo direto da popularização de ferramentas de IA generativa que vêm transformando a forma como as empresas operam, da indústria ao varejo, passando por setores administrativos e criativos.

Por outro lado, o mesmo estudo aponta que 75% enxergam a IA como uma aliada, especialmente por eliminar tarefas repetitivas, acelerar rotinas e reduzir custos. Isso indica uma contradição típica de momentos de transição tecnológica: há desconfiança, mas também otimismo.

Infográfico com o título "IA no trabalho: medo ou aliada?", destacando dados de uma pesquisa com brasileiros sobre inteligência artificial no ambiente profissional. Mostra que 32% têm medo de perder o emprego por causa da IA, enquanto 75% a veem como uma aliada. Apresenta áreas mais impactadas, como atendimento ao cliente (52%), administração e RH (30%) e marketing (25%). Também aponta que 65% da população mundial teme que a IA cause perda de empregos. Conclui com os principais benefícios da IA segundo os brasileiros: redução de custos, melhoria na tomada de decisões e inovação.

Onde a IA mais impacta (e onde ela pode ameaçar)

Entre os ganhos percebidos, os entrevistados destacam:
Automação de tarefas e ganho de eficiência (73%)
Apoio na tomada de decisões, com base em dados (51%)
Criação de soluções inovadoras para problemas antigos (25%)

As áreas vistas como mais impactadas pela IA incluem atendimento ao cliente e suporte técnico (52%), recursos humanos e administração (30%), além de marketing e análise de comportamento do consumidor (25%).

O medo da substituição tende a crescer justamente nessas funções onde a IA já entrega resultados palpáveis. Isso explica parte da insegurança, especialmente em cargos operacionais ou baseados em rotinas repetitivas. 

Empresas estão prontas para essa transição?

Nem todos os entrevistados acreditam que o mercado está preparado para essa nova realidade. Apenas 29% disseram que suas empresas têm políticas claras e investimentos em capacitação para a adoção ética da IA. Já 22% afirmaram que suas organizações não têm qualquer estrutura para lidar com essa mudança.

Esse vácuo de preparação pode alimentar ainda mais a desconfiança entre os trabalhadores. Afinal, adotar inteligência artificial sem um plano transparente de transição só reforça a sensação de que os humanos estão sendo deixados para trás.

Para Fernando Radunz, diretor executivo de tecnologia e pagamentos da Pluxee, o caminho está na integração ética e transparente da IA aos fluxos de trabalho, sempre com foco em capacitação e bem-estar humano. Ele defende que a tecnologia precisa vir acompanhada de um esforço real para treinar pessoas, adaptar rotinas e manter o fator humano no centro das decisões.

O medo não é só do brasileiro: estudos internacionais mostram que o receio de perder o emprego para a IA é mundial

O levantamento da Pluxee está alinhado a uma inquietação global. Em diversos países, trabalhadores também demonstram receio diante da ascensão da inteligência artificial nos ambientes de trabalho.

Nos Estados Unidos, uma pesquisa do Pew Research Center apontou que 52% dos profissionais teme os efeitos da IA nos seus empregos. Cerca de 32% acreditam que haverá menos oportunidades de trabalho no futuro, com a automação crescendo em ritmo acelerado.

No Reino Unido, dados do instituto YouGov revelam que 1 em cada 4 trabalhadores teme ser substituído por IA. Por lá, o debate já influencia inclusive políticas públicas sobre capacitação e ética no uso de algoritmos.

Em termos globais, uma pesquisa da Ipsos indicou que 65% da população teme que a IA cause perdas de empregos, superando os 43% que esperam que a tecnologia crie novas oportunidades de trabalho.

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