Samsung quer dar “olhos” aos robôs humanoides; entenda

Samsung quer dar “olhos” aos robôs humanoides; entenda

Em meio à desaceleração no mercado de smartphones, a Samsung está de olho em um novo filão: os robôs humanoides. A empresa sul-coreana vê nessa tecnologia uma oportunidade estratégica para alavancar sua divisão de módulos de câmera — e não quer ficar para trás na corrida com gigantes como Tesla e startups como a Figure AI.

Segundo fontes ouvidas pelo Korea Herald, a Samsung Electro-Mechanics já iniciou conversas com empresas de robótica para se posicionar como fornecedora dos “olhos” dessas máquinas inteligentes. A ideia é simples, mas ambiciosa: aplicar sua expertise em sensores e câmeras para criar sistemas de visão que ajudem robôs a navegar, identificar pessoas e interagir com o mundo ao redor.

A saída para além dos smartphones

Com o mercado de câmeras para celulares dando sinais de saturação, a Samsung busca diversificar sua atuação. A empresa já domina a produção de sensores para smartphones e veículos — e agora quer aplicar esse know-how em robótica. Mesmo sem fornecer módulos para o setor até agora, a companhia acredita que sua escala de produção e domínio técnico podem colocá-la à frente da concorrência nesse novo ecossistema.

E o movimento não é isolado. A LG Innotek, concorrente direta da Samsung, já está em negociações avançadas com nomes de peso como a Figure AI, que pretende lançar robôs humanoides em escala já no próximo ano. Outras startups, como Boston Dynamics, Unitree, Apptronik e Agility Robotics, também estão na mira.

Uma disputa estratégica com impacto global

O momento é decisivo. Analistas apontam que quem se posicionar agora como parceiro tecnológico no setor de robótica pode colher frutos valiosos no futuro. Para a Samsung, participar dessa fase embrionária significa não apenas ganhar mercado, mas também influenciar diretamente a forma como os robôs humanoides serão desenvolvidos e aceitos pela sociedade.

E mais: criar módulos de visão para esse tipo de robô é um desafio bem mais complexo do que desenvolver câmeras comuns. É preciso lidar com leitura de profundidade, identificação de objetos, reconhecimento facial e processamento em tempo real — tudo isso em sistemas compactos e energeticamente eficientes.

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