O WhatsApp vai ganhar anúncios no Brasil ainda em 2025, Europa escapa até 2026

O WhatsApp vai ganhar anúncios no Brasil ainda em 2025, Europa escapa até 2026

Os brasileiros já podem se preparar para uma mudança significativa no uso do WhatsApp: a Meta confirmou que o app começará a exibir anúncios por aqui ainda este ano. A novidade, revelada em um relatório à Comissão de Proteção de Dados da Irlanda, destaca um contraste: enquanto o Brasil será um dos primeiros mercados a receber as propagandas, os usuários da União Europeia seguirão livres desse formato até pelo menos 2026 — reflexo das rígidas regras de privacidade do bloco.

Onde os anúncios vão aparecer e como funcionará

Segundo a Meta, as propagandas serão exibidas exclusivamente na aba Atualizações (Status), em um formato semelhante ao dos anúncios entre os Stories do Instagram. A empresa garante que a criptografia de ponta a ponta das conversas continuará intocada, preservando a privacidade das mensagens pessoais.⠀

Por trás da estratégia está a busca por novas fontes de receita em regiões onde o app tem grande penetração — e o Brasil, com uma das maiores bases globais de usuários, tornou-se alvo prioritário.

Como a Meta pretende personalizar as propagandas

WhatsApp offline

O modelo de monetização do WhatsApp no Brasil deve incluir a personalização dos anúncios com base em dados como localização e canais seguidos no app. Além disso, ao integrar a conta ao ecossistema da Central de Contas da Meta (que conecta WhatsApp, Facebook e Instagram), o usuário permitirá o uso de informações adicionais para segmentação publicitária.

Esse formato enfrentaria barreiras na União Europeia, onde leis como a Lei de Mercados Digitais exigem maior transparência e a oferta de alternativas sem rastreamento.

Críticas e o embate com a promessa original do app

A chegada dos anúncios despertou reações no mercado e entre usuários. O app Signal, famoso por priorizar a privacidade, aproveitou o momento para se posicionar como alternativa “livre de anúncios e de excessos de IA”.

Muitos resgataram um post emblemático do WhatsApp de 2012 — antes da aquisição pela Meta — em que a empresa criticava o modelo baseado em publicidade, afirmando que isso transformaria “o usuário no produto”. A lembrança reforça a percepção de que o app se afastou de seus valores originais.

Canais pagos: outra frente de monetização

Além das propagandas no Status, o WhatsApp também vai destacar canais pagos no topo da aba de Canais, adicionando mais um elemento comercial à interface do mensageiro. Essa combinação sinaliza uma mudança de paradigma: o WhatsApp, por muito tempo avesso a monetização agressiva, entra de vez na rota de geração de receita via publicidade e serviços premium.

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