
NVIDIA volta ao topo: fabricante de chips supera Microsoft e assume o título de empresa mais valiosa do mundo
A NVIDIA acaba de reconquistar o posto de empresa mais valiosa do mundo — e com margem histórica. Com um valor de mercado que atingiu impressionantes US$3,45 trilhões, a gigante dos chips ultrapassou a Microsoft (US$3,44 trilhões) e deixou a Apple (US$3,04 trilhões) ainda mais para trás na corrida pelo topo do mercado.
O avanço acontece em um momento decisivo para a indústria de tecnologia, marcado pelo boom da inteligência artificial e pela corrida global por infraestrutura computacional de ponta. Nos últimos dois meses, as ações da Nvidia acumularam alta de 63%, revertendo completamente as perdas do início do ano e impulsionando a empresa de volta à liderança de mercado que havia perdido em janeiro.
O que está por trás da ascensão meteórica da NVIDIA?
Boa parte do novo impulso veio após a divulgação dos resultados trimestrais em 28 de maio. A empresa superou todas as previsões, com receita de US$44 bilhões no primeiro trimestre de 2025 — um crescimento de 69% em relação ao ano anterior.
Logo após o anúncio, as ações saltaram quase 5% no after market. Em poucos dias, o papel acumulou valorização de 24% no mês e 5% no acumulado do ano. O mercado reagiu com entusiasmo, e analistas como os da Jefferies reforçaram a recomendação de compra, destacando o potencial do novo chip Blackwell, capaz de elevar as margens brutas da empresa de 61% para até 80%.
Jensen Huang desafia as políticas dos EUA e defende a IA global
Apesar do otimismo do mercado, a NVIDIA ainda enfrenta incertezas geopolíticas. As recentes restrições impostas pelos EUA à exportação de chips para a China, especialmente os modelos H20, feitos sob medida para aquele mercado, podem causar perdas de até US$8 bilhões em receita no próximo trimestre.
Durante a apresentação de resultados, o CEO Jensen Huang criticou as políticas de controle:
“Os controles deveriam fortalecer as plataformas dos EUA, não empurrar metade do talento global em IA para os rivais”, afirmou.
“Hoje, o mercado chinês de US$50 bilhões está praticamente fechado para a indústria americana”, completou Huang.
Ainda assim, os investidores parecem confiar que a posição dominante da NVIDIA no setor de data centers, aliada à explosão da demanda por IA, compensa os riscos de curto prazo.
Microsoft e Apple perdem fôlego
Enquanto a Nvidia brilha, suas maiores rivais enfrentam desafios. A Microsoft mantém sólida valorização no ano (alta de 34% desde abril), mas seu potencial de crescimento atual é estimado em 9,35%, segundo consenso da Reuters. Já a Apple sofre com a forte dependência do mercado chinês e os reflexos dos conflitos comerciais, com seus papéis ainda 21% abaixo do pico histórico registrado em dezembro passado.
O setor de chips vive um momento de ouro
O movimento da NVIDIA arrastou o mercado de semicondutores para cima. O ETF VanEck Semiconductor, que reúne os principais nomes do setor, subiu 2% na última semana. Empresas como Broadcom (+3%) e Micron Technology (+4%) também avançaram, refletindo o apetite crescente por soluções de IA e infraestrutura computacional.
O futuro: Nvidia ainda tem espaço para subir?
Segundo projeções compiladas pela Reuters, o preço-alvo médio das ações da NVIDIA foi elevado para US$174,45, representando um potencial de valorização de mais 22,6%. O Bank of America foi além, ajustando seu alvo para US$180.
Com uma posição dominante no fornecimento de aceleradores de IA, margens crescentes e domínio estratégico nos centros de dados, a NVIDIA entra na segunda metade de 2025 com força total — e poucas barreiras à vista.
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