NVIDIA supera Microsoft e se torna a empresa mais valiosa do mundo; confira os valores

A Nvidia assumiu novamente o posto de empresa mais valiosa do planeta na última quarta-feira (25), após uma alta expressiva de 4% em suas ações. Com o papel atingindo o valor recorde de US$ 154,10, a fabricante de chips alcançou um valor de mercado de US$ 3,76 trilhões, ultrapassando a Microsoft, que ficou em segundo lugar com US$ 3,65 trilhões.

O avanço recente nas ações da gigante de tecnologia foi impulsionado por um relatório da corretora Loop Capital, que elevou consideravelmente suas projeções para a empresa. A análise aumentou o preço-alvo da ação de US$ 175 para impressionantes US$ 250, mantendo a recomendação de compra e destacando a demanda crescente por chips especializados em inteligência artificial.

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O analista Ananda Baruah, em nota enviada a investidores, afirmou que “estamos entrando na próxima ‘Golden Wave’ da adoção de IA, e a Nvidia está liderando essa nova fase de crescimento”. Esta perspectiva otimista reflete a confiança do mercado na capacidade da empresa de continuar dominando o segmento de processadores para aplicações de inteligência artificial.

Desde o início de abril, quando enfrentava pressões do mercado, as ações da Nvidia já acumulam valorização superior a 60%. Este crescimento expressivo consolida sua posição como líder inquestionável no fornecimento de chips para data centers e aplicações de IA generativa, segmento que tem atraído investimentos bilionários de grandes empresas de tecnologia globais.

Vale destacar que, mesmo com a disparada recente, as ações da Nvidia ainda negociam a cerca de 30 vezes os lucros esperados para os próximos 12 meses, abaixo da média histórica dos últimos cinco anos (40 vezes), segundo dados da LSEG. Este indicador sugere que, na visão de alguns analistas, ainda pode haver espaço para valorização adicional.

Soberania digital e o papel da Nvidia no cenário global

Para além dos números impressionantes de mercado, a Nvidia tem levantado discussões estratégicas sobre o futuro da tecnologia global. A empresa defende que o avanço da inteligência artificial dependerá cada vez mais da chamada “soberania computacional” – a capacidade de cada país ter acesso a infraestrutura própria, como data centers locais, para evitar concentração tecnológica em poucas nações.

Marcio Aguiar, diretor da divisão Enterprise da Nvidia para a América Latina, explicou recentemente que “quem detiver o poder computacional ditará questões fundamentais: como as IAs são treinadas, quais línguas e culturas são priorizadas e quais legislações as regulam”. Esta visão destaca o papel estratégico que a empresa desempenha não apenas como fornecedora de tecnologia, mas como agente de transformação geopolítica.

Dados da Universidade de Oxford citados pela empresa mostram que apenas 32 países possuem infraestrutura de IA em larga escala atualmente, com mais de 90% dos grandes data centers concentrados nos Estados Unidos e China. Para o Brasil, que conta com o Plano Nacional de IA prevendo investimentos de R$ 20 bilhões até 2030, a Nvidia enxerga potencial para se tornar um hub regional graças à matriz energética limpa e abundância territorial.

Nos últimos meses, Nvidia, Microsoft e Apple têm se revezado na disputa pelo título de empresa mais valiosa do mundo. Contudo, o avanço acelerado da tecnologia de IA e a crescente demanda por chips especializados parecem favorecer a Nvidia neste momento, que retoma a liderança com uma vantagem considerável sobre suas concorrentes.