
Disney corta executivos de peso em nova onda de demissões
Disney corta executivos de peso em nova onda de demissões
Mesmo após divulgar resultados financeiros acima das expectativas no último trimestre, a Disney iniciou a semana com uma reestruturação significativa. De acordo com apuração do site Deadline, centenas de funcionários ligados às divisões de filmes, televisão e áreas administrativas começaram a ser desligados.
A decisão faz parte de um processo contínuo de corte de gastos e realinhamento de prioridades dentro da Disney Entertainment, afetando tanto áreas criativas quanto setores corporativos estratégicos.
Cargos de séries populares estão na lista
Entre os nomes impactados estão executivos envolvidos em produções de destaque como American Horror Story e 9-1-1. Eric Souliere, responsável pela seleção de elenco de ambas as séries, foi dispensado, embora ainda siga ligado ao derivado 9-1-1: Nashville.
Outros nomes de peso também deixam a empresa:
- Crystal Holt, VP de séries na 20th Television;
- Tony Tompson, VP de desenvolvimento da Hulu Originals;
- Collin Sapera, VP de dramas da ABC Hulu.
Embora parte dessas saídas esteja associada ao término natural de contratos, o tom geral é de reestruturação ampla, que deve redefinir o modelo de negócios da companhia, sobretudo na produção voltada à TV tradicional.
Demissões atingem setores de marketing, finanças e desenvolvimento
Além do time de conteúdo, as demissões incluem profissionais das áreas de marketing, comerciais para televisão, desenvolvimento de roteiros e também setores administrativos como finanças corporativas. Nenhuma divisão foi extinta por completo, mas diversas equipes estão sendo enxugadas de forma significativa.
Segundo fontes do Deadline, o objetivo é otimizar operações em torno de projetos com maior retorno estratégico — principalmente os que orbitam o ecossistema de streaming.
Quarta rodada de cortes em menos de um ano
Desde o retorno de Bob Iger ao cargo de CEO, a Disney já anunciou a eliminação de mais de 2 mil posições. Essa é a quarta leva de cortes nos últimos dez meses. A meta da empresa, declarada por Iger, é reduzir US$ 7,5 bilhões em custos operacionais.
Algumas das movimentações anteriores incluem:
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Julho de 2024: 140 demissões, incluindo 60 da equipe do National Geographic;
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Outubro de 2024: fusão da ABC Signature com a 20th Century Studios gerou 30 cortes;
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Março de 2025: cerca de 200 cargos eliminados.
Lucro operacional segue em alta, mas o foco mudou
Diferente do que se poderia supor, os cortes não refletem crise financeira. No segundo trimestre de 2025, a Disney superou expectativas e ampliou seu lucro operacional de US$ 289 milhões para US$ 336 milhões — impulsionada pelas divisões de experiências e esportes.
A mensagem é clara: o enxugamento é estratégico. A Disney está recalibrando sua estrutura para se adaptar ao novo cenário da mídia global — onde o streaming dita as regras e cobra agilidade, foco e eficiência.
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