Brasileiros ainda não ligam para IA no celular — só 3% veem a função como decisiva na hora da compra
Brasileiros ainda não ligam para IA no celular — só 3% veem a função como decisiva na hora da compra
Mesmo com o investimento pesado das fabricantes em inteligência artificial nos celulares — seja para fotos aprimoradas, organização automática ou assistentes pessoais — o brasileiro médio ainda não se impressiona. Segundo levantamento do Mobile Time com o Opinion Box, só 3% dos consumidores colocam a IA como fator mais importante na hora de escolher um novo smartphone.
E esse desinteresse é quase universal: a taxa se mantém estável independentemente de gênero, faixa etária, classe social ou sistema operacional usado. Em outras palavras, a IA ainda está longe de conquistar o coração (e o bolso) do consumidor brasileiro.
O que realmente importa: desempenho e memória lideram a lista
O estudo revelou que a decisão de compra gira em torno de aspectos mais tradicionais — e práticos. Para 31% dos entrevistados, a capacidade de processamento é o fator decisivo. Em segundo lugar, a memória do aparelho aparece com 25% das preferências.
Outros itens com peso moderado incluem a qualidade da câmera (16%) e a duração da bateria (15%).
Já tecnologias mais recentes como 5G, design moderno, tela grande e a própria IA ficaram relegadas ao final da lista, com pouca influência na decisão de compra.
Perfil do consumidor: o que cada grupo prioriza na prática
A pesquisa também mostra nuances interessantes entre os públicos:
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Homens valorizam mais o processador (35%)
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Pessoas com 50 anos ou mais destacam a memória (33%)
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Jovens de 16 a 29 anos se preocupam mais com a bateria (18%)
Mas é na qualidade da câmera que surgem as maiores divisões:
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23% dos jovens de 16 a 29 anos veem a câmera como o item mais importante
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Esse número cai para apenas 8% entre os entrevistados com mais de 50 anos
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Mulheres priorizam mais a câmera do que homens (20% vs. 11%)
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A diferença entre usuários de iOS e Android também é gritante: 26% dos usuários de iPhone destacam a câmera, contra apenas 12% dos donos de Android
IA ainda não pegou — mas isso pode mudar
O dado chama atenção num cenário em que empresas como Apple, Samsung e Google vêm posicionando a inteligência artificial como peça central da nova geração de smartphones. A discrepância entre o marketing das fabricantes e as reais prioridades do consumidor brasileiro sugere que ainda há um longo caminho de educação, demonstração prática e valorização desses recursos.
Para marcas que querem se destacar, o recado da pesquisa é claro: IA pode ser tendência global, mas no Brasil, potência e armazenamento ainda mandam no jogo.
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