
Sob pressão do governo dos EUA, NVIDIA estaria preparando versão ainda mais capada da RTX 5090D para o mercado chinês
Em resposta às crescentes restrições impostas pelo governo dos Estados Unidos, a NVIDIA está ajustando sua linha de GPUs de última geração para continuar operando no mercado chinês. Depois de lançar uma versão capada da GeForce RTX 5090, batizada de RTX 5090D, a empresa agora prepara uma edição ainda mais limitada da placa, projetada especificamente para contornar as novas regras de exportação.
Novas regras dos EUA forçam a NVIDIA a recuar ainda mais
A primeira RTX 5090D já havia sido concebida com desempenho reduzido em tarefas de inteligência artificial e mineração, atendendo aos critérios do Departamento de Comércio dos EUA. No entanto, as regras foram novamente endurecidas. Com isso, até mesmo essa versão mais fraca, junto do acelerador de IA H20, passou a ser proibida de chegar ao mercado chinês.
Fontes próximas à cadeia de suprimentos indicam que a NVIDIA está trabalhando em versões alternativas tanto da H20 quanto da 5090D, agora com limitações adicionais. A ideia é manter presença comercial na China, mesmo que à custa de uma queda significativa no poder de fogo dos produtos.
As restrições impostas pelo governo americano já estão impactando diretamente a companhia comandada por Jensen Huang. A NVIDIA anunciou recentemente um aumento de até 15% nas placas RTX e chips para servidores. A decisão vem na esteira de um prejuízo estimado em US$ 5,5 bilhões causado pela proibição de exportar seus chips H20 para a China e pelo aumento nos custos de produção após a transferência de parte da fabricação para os Estados Unidos.
Menos núcleos CUDA, menos memória
Segundo discussões em fóruns chineses, a nova RTX 5090D terá apenas 14.080 núcleos CUDA — uma redução expressiva em relação aos 21.760 núcleos da RTX 5090 original. Para efeitos de comparação, a RTX 4090 oferece 16.384 núcleos, enquanto a futura RTX 5080 deve contar com 10.752.
Outra limitação crítica imposta pelas normas de exportação é a largura de banda total do sistema, que não pode ultrapassar 1,7 TB/s (incluindo memória e I/O). Como resultado, a NVIDIA teria que reduzir o barramento da GPU de 512 bits para 384 bits. Isso, combinado com o uso de memória GDDR7, resultaria em uma largura de banda de aproximadamente 1,34 TB/s.
Além disso, o volume de memória deve cair de 32 GB para 24 GB, o que reforça a ideia de que essa RTX 5090D capada não será um verdadeiro sucessor da 5090, mas sim uma alternativa intermediária com foco comercial específico.
Ainda acima da RTX 5080, mas longe de competir com a opção topo de linha
Apesar de todos os cortes, a expectativa é que essa nova 5090D ainda supere a RTX 5080 em desempenho bruto. No entanto, ela deverá ficar bem abaixo da RTX 4090 em capacidade computacional, especialmente em tarefas intensivas como IA, simulações e produção de conteúdo pesado.
Uma possível RTX 5080 Ti global — com nome reciclado?
Outro rumor que começou a circular envolve o lançamento de uma nova placa topo de linha para o mercado global, possivelmente chamada de RTX 5080 Ti ou RTX 5080 Super. Essa variante também deve contar com 24 GB de memória e ser lançada no final do ano. Existe a possibilidade de que a NVIDIA reutilize esse mesmo modelo como base para a RTX 5090D no mercado chinês, alterando apenas o nome para atender às exigências locais sem comprometer a consistência da linha.
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