
Samsung encerra produção de chips NAND MLC e aposta de vez em TLC e QLC
Samsung encerra produção de chips NAND MLC e aposta de vez em TLC e QLC
A Samsung decidiu descontinuar a produção de chips de memória NAND do tipo MLC, aqueles que armazenam dois bits por célula. A informação foi publicada pelo site sul-coreano TheElec, que obteve detalhes diretamente de fontes próximas à operação da empresa.
Fim de uma era para os chips MLC
A gigante da tecnologia já comunicou seus parceiros que não aceitará mais pedidos desses chips nos próximos meses. O movimento vem acompanhado de um aumento nos preços das unidades ainda disponíveis, o que indica uma estratégia clara de saída desse mercado.
Com isso, empresas que dependiam dos chips MLC agora precisam buscar alternativas. Só que o cenário não oferece muitas opções. Na prática, a japonesa Kioxia surge como o único fornecedor relevante que ainda mantém esse tipo de memória no catálogo.
Por que a Samsung abandonou o MLC?
A decisão é puramente econômica e segue a lógica de transformação do mercado de memórias. Chips MLC vêm perdendo espaço há anos. Atualmente, a indústria prioriza tecnologias como TLC (Triple-Level Cell) e QLC (Quad-Level Cell), capazes de armazenar três e quatro bits por célula, respectivamente.
Essas arquiteturas oferecem uma relação custo-benefício bem mais atraente. Produzir TLC e QLC sai consideravelmente mais barato e, ao mesmo tempo, atende à crescente demanda por maior densidade de armazenamento — especialmente em SSDs, servidores e data centers.
MLC virou peça de museu no mercado de memórias
O declínio do MLC não é surpresa. Dados da consultoria Mordor Intelligence mostram que os chips TLC dominam mais de 62% do mercado global de memórias NAND. Enquanto isso, soluções baseadas em MLC ocupam uma fatia praticamente insignificante, limitada a nichos muito específicos, como SSDs industriais ou aplicações que exigem ciclos de escrita extremamente elevados.
O futuro da Samsung nas memórias NAND
A saída do MLC não significa uma redução na atuação da Samsung no setor, muito pelo contrário. A empresa foca agora em ampliar a produção de memórias TLC e QLC, que seguem sendo a espinha dorsal dos produtos de armazenamento atuais, desde notebooks até grandes estruturas de nuvem.
É um caminho sem volta. O mercado quer mais capacidade, menor custo por gigabyte e, se necessário, abre mão de um pouco da durabilidade que os chips MLC costumavam oferecer. A Samsung entendeu isso — e quem não acompanhar essa tendência, corre sério risco de ficar para trás.
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