Esse terror da Netflix foi elogiado por Stephen King e tem 93% no Rotten Tomatoes

Esse terror da Netflix foi elogiado por Stephen King e tem 93% no Rotten Tomatoes

Em 2018, a Netflix lançou uma minissérie de terror que não apenas assustou o público, mas também o deixou emocionalmente abalado e ganhou um elogio raro de Stephen King. A Maldição da Residência Hill (The Haunting of Hill House), dirigida por Mike Flanagan, reimagina o clássico romance de Shirley Jackson, de 1959, em um drama familiar envolvente repleto de arrepios fantasmagóricos.

Com uma impressionante pontuação de 93% dos críticos e 91% do público no Rotten Tomatoes, a série é considerada uma das melhores produções de terror de todos os tempos. Mas o que a torna tão especial? Vamos explorar por que esse sucesso da Netflix cativou King, críticos e fãs, equilibrando histórias humanas comoventes com um terror de gelar a espinha.

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Uma releitura ousada que Stephen King aprovou

Stephen King é conhecido por ser exigente com adaptações, especialmente quando elas mexem no material original. Ele já criticou abertamente versões revisionistas, como O Iluminado, de Stanley Kubrick, que se afastou muito de seu livro, e O Homem do Cortador de Grama (The Lawnmower Man), de 1992, tão desconexo de sua história que King processou para remover seu nome do marketing, e venceu.

Por isso, quando ele elogiou A Maldição da Residência Hill, foi algo notável. Em um tuíte de 2018, King a chamou de “quase uma obra-prima” e sugeriu que a própria Shirley Jackson aprovaria – um aval de peso vindo de alguém que raramente celebra adaptações que reinventam a obra original.

O que conquistou King? A habilidade de Mike Flanagan em respeitar o clássico de terror gótico de Jackson enquanto criava algo completamente novo. Diferente do romance, que acompanha quatro estranhos investigando uma casa assombrada, a série foca na família Crain, formada por cinco irmãos e seu pai, lidando com os traumas de sua infância na Residência Hill.

A história alterna entre suas memórias de crianças e suas lutas como adultos, confrontando fantasmas (literais e emocionais) que ainda os perseguem. Essa mudança, de uma narrativa psicológica ambígua para uma história de fantasmas centrada na família, deu à série uma identidade própria, misturando emoção crua com sustos sobrenaturais que fisgaram King e o público.

Não é só terror: uma história humana

A Maldição da Residência Hill vai além dos sustos comuns. Flanagan, conhecido por filmes como O Espelho e Jogo Perigoso, usou os 10 episódios para explorar luto, culpa e laços familiares. Os irmãos Crain carregam cicatrizes de sua infância na Residência Hill, onde tragédias e forças sobrenaturais mudaram suas vidas. A série alterna entre memórias de infância e suas lutas como adultos, criando uma narrativa rica que equilibra o sobrenatural com dramas humanos.

Ao contrário do romance de Jackson, onde as assombrações são ambíguas, Flanagan aposta em fantasmas vívidos e aterrorizantes, como a icônica Mulher do Pescoço Torto. Mas o terror sempre serve à história emocional, com cada susto ligado aos conflitos dos personagens. Essa abordagem rendeu elogios dos críticos, que destacaram seu “peso emocional” e “atmosfera inquietante”, refletidos nos 93% de aprovação no Rotten Tomatoes. O público se conectou com as lutas reais dos Crains, enquanto fãs de terror adoraram os visuais e detalhes, como fantasmas escondidos nas cenas.

Flanagan já está trabalhando em outra adaptação de Stephen King

 A Torre Negra

O sucesso de A Maldição da Residência Hill solidificou Mike Flanagan como um mestre do terror. Antes, ele já havia impressionado com a adaptação de Jogo Perigoso (2017), de King, e após a série, dirigiu Doutor Sono (2019), uma continuação de O Iluminado que King aprovou. Esses projetos destacaram a habilidade de Flanagan em combinar emoção e horror, características que ecoam o estilo de King, e o tornaram um nome confiável para adaptações do autor.

Esse sucesso abriu portas para um projeto ainda mais ambicioso: a adaptação da série A Torre Negra (The Dark Tower), de Stephen King. A saga, iniciada com O Pistoleiro (1982), mistura faroeste, fantasia e terror em um mundo paralelo, onde o pistoleiro Roland busca a misteriosa Torre Negra. Após o fracasso do filme de 2017, que decepcionou fãs, Flanagan assumiu o desafio de trazer essa história complexa à TV, possivelmente para a Amazon Prime Video, embora detalhes ainda sejam escassos.

King, que já viu roteiros iniciais de Flanagan, elogiou o projeto, dizendo que “começa onde deveria e as cenas são perfeitas”. Essa confiança reflete o impacto de A Maldição da Residência Hill, que provou que Flanagan pode reimaginar histórias amadas com fidelidade ao seu espírito. Rumores sobre o elenco incluem colaboradores frequentes de Flanagan, como Carla Gugino e Henry Thomas, e especulações apontam Rahul Kohli como um possível Roland, mas nada está confirmado. Adaptar A Torre Negra, com seus sete livros e narrativa densa, é um desafio enorme, mas Flanagan parece determinado a fazer jus à obra.

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