Chrome é o navegador que mais coleta dados no iPhone; veja os demais da lista
Chrome é o navegador que mais coleta dados no iPhone; veja os demais da lista
Um estudo recente da Surfshark, empresa especializada em privacidade digital e serviços de VPN, revela um cenário preocupante para quem se importa com a proteção de dados: entre os navegadores mais usados no iOS, o Google Chrome é disparado o que mais coleta informações dos usuários.
Chrome: o campeão da coleta de dados
Ao analisar os dez navegadores mais populares da App Store nos Estados Unidos — incluindo opções como Bing, Firefox, Edge, Opera e o próprio Safari — a Surfshark identificou que o Chrome sozinho coleta até 20 tipos diferentes de dados pessoais. Isso inclui desde informações básicas como histórico de navegação até dados sensíveis como métodos de pagamento, números de cartão de crédito, dados bancários, contatos da agenda e até o chamado “gráfico social”, que revela conexões entre pessoas.
É o único navegador da lista que acessa todos esses dados ao mesmo tempo. Para efeito de comparação, os outros nove browsers analisados coletam, em média, seis tipos de informações.
Safari coleta menos, mas ainda preocupa
O Safari, navegador nativo da Apple, aparece em uma posição mais modesta, sendo o quarto da lista no volume de dados coletados. Ele empata com o Firefox com oito categorias de dados acessadas, ficando atrás de opções como Bing (12 categorias) e o próprio Chrome. Edge, Opera e DuckDuckGo coletam seis tipos de dados cada. Já o Brave limita-se a dois. O TOR Browser é o único entre todos que não coleta absolutamente nenhum dado do usuário, sendo o mais rigoroso quando o assunto é anonimato.
Localização
Outro ponto de atenção está relacionado à localização dos usuários. O Bing é o único que coleta dados de geolocalização com alta precisão, enquanto Chrome, Safari e Opera acessam apenas uma posição geográfica aproximada — o suficiente para identificar a cidade ou bairro, mas sem detalhamento de coordenadas exatas. Segundo a Surfshark, 60% dos navegadores avaliados sequer acessam qualquer tipo de dado de localização, o que levanta a pergunta: por que alguns apps ainda insistem em rastrear essa informação?
Dados usados para publicidade e rastreamento
Outro aspecto analisado envolve o uso dos dados coletados para fins comerciais. Navegadores como Bing, Opera e Pi Browser admitem utilizar essas informações para exibir publicidade de terceiros. Em alguns casos, os dados são até compartilhados com anunciantes, o que pode incluir desde o histórico de navegação até interações com produtos e anúncios.
O Pi Browser, por exemplo, coleta cinco categorias de dados para rastrear usuários, incluindo histórico de busca, ID do dispositivo e dados de publicidade. Já o Edge coleta até informações geradas durante atendimentos de suporte. O Bing, por sua vez, armazena identificadores como o ID do usuário.
Soluções equilibradas: entre funcionalidade e privacidade
Navegadores como Firefox e DuckDuckGo seguem uma linha intermediária. Coletam dados como e-mail e identificadores técnicos, mas evitam tocar nas informações mais sensíveis. Para quem busca um bom equilíbrio entre recursos e privacidade, essas opções podem representar um meio-termo viável.
Já quem prioriza segurança total, deve considerar o TOR, que é estruturado justamente para não deixar rastros. O Brave também segue esse caminho, com políticas mínimas de coleta e foco em uma navegação anônima e sem anúncios invasivos.
Chrome e Safari dominam o mercado
Apesar dos alertas, Chrome e Safari continuam reinando. Juntos, somam 90% da participação de mercado no segmento de navegadores móveis. Nos Estados Unidos, o Safari lidera com 50% contra 43% do Chrome.
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