Apple tinha um plano para escapar das tarifas, mas Trump acabou com a “festa”; entenda

Apple tinha um plano para escapar das tarifas, mas Trump acabou com a “festa”; entenda

A Apple parecia ter encontrado uma saída estratégica para escapar da pressão tributária imposta por Donald Trump. O plano envolvia transferir parte significativa da produção para a Índia, onde a Foxconn recebeu autorização do governo local para erguer uma nova fábrica de processadores avaliada em US$ 435 milhões. Essa unidade seria crucial para produzir até 40 milhões de iPhones por ano — representando quase um quinto de toda a produção global da marca.

Com essa mudança, a Apple pretendia deixar para trás as tarifas agressivas que o presidente aplicou sobre produtos importados da China, que chegaram a até 145%. Parecia uma jogada inteligente. Mas Trump não ficou em silêncio.

A ira de Trump com Tim Cook

Ao descobrir os planos de expansão da Apple fora dos Estados Unidos, Trump reagiu de forma direta:Tive um pequeno problema com Tim Cook ontem. Ele está construindo em toda a Índia. Eu não quero que você construa na Índia”, afirmou o presidente durante um evento em Doha, no Catar, nesta quinta-feira (15).

A declaração vem após a assinatura de uma trégua comercial entre EUA e China, que reduziu temporariamente as tarifas de importação para 30%. No entanto, Trump deixou claro que sua política de proteção econômica não mudou: para vender no mercado americano, as empresas deverão fabricar dentro do país.

Para ele, a China deixou de ser o único alvo. Agora, qualquer empresa americana que busque alternativas de produção fora dos Estados Unidos poderá enfrentar obstáculos semelhantes.

A escalada dos preços do iPhone 17

Com o prazo da trégua previsto para acabar em setembro, a Apple está se movimentando. A produção em larga escala da linha iPhone 17 está sendo programada justamente durante esse período de alívio tarifário. O objetivo é formar um estoque robusto antes que as taxas voltem a subir.

Mesmo assim, a solução mais concreta para manter as margens de lucro parece ser inevitável: o aumento de preços. Embora a empresa não tenha feito nenhum anúncio oficial, analistas do setor tratam isso como certo.

iPhone

Se a produção migrar de fato para os Estados Unidos, os custos podem disparar entre 15% e 30%. Isso faria, por exemplo, o modelo iPhone 17 Pro Max alcançar o valor de US$ 2.079 — uma alta expressiva se comparado ao preço atual do iPhone 16 Pro Max, que gira em torno de US$ 1.599.⁠

Tim Cook terá o desafio de convencer consumidores de que o salto no valor é justificável.

O alívio parcial vindo da China

Do lado chinês, a situação também mudou. Pequim reduziu suas tarifas de 125% para 10%, o que trouxe um respiro financeiro para a Apple. Estima-se que a empresa tenha perdido cerca de US$ 900 milhões por trimestre desde o início da guerra comercial.

Mesmo assim, essa redução na Ásia não é suficiente para neutralizar o impacto das decisões americanas. A incerteza permanece. E com Trump novamente nos holofotes, a instabilidade pode se tornar regra, não exceção.

Apple, que sempre navegou bem entre cadeias globais de produção, agora precisa equilibrar decisões logísticas com pressões políticas. E o consumidor, como sempre, deve ser quem arca com a diferença.⁠ ⁠⁠‌⁠

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