8 séries spin-off que são até melhores que as originais

8 séries spin-off que são até melhores que as originais

Quando uma série de sucesso termina, o vazio deixado na rotina dos fãs é quase palpável. É nesse momento que os spin-offs entram em cena — produções que ampliam universos já estabelecidos e frequentemente superam suas obras originais. Longe de serem meras tentativas de capitalizar sobre sucessos anteriores, muitos desses derivados constroem identidade própria e narrativas que se sustentam por mérito próprio, às vezes superando suas “séries-mãe” em qualidade e profundidade.

Em um cenário dominado por franquias e universos expandidos, os spin-offs se tornaram estratégia comum para plataformas de streaming manterem o interesse do público e explorarem novas facetas de histórias já conhecidas. Enquanto algumas produções apenas repetem fórmulas consagradas, outras surpreendem ao trazer novas perspectivas e personagens memoráveis para universos que pensávamos conhecer completamente.

Das naves de Star Wars ao submundo dos vampiros, dos guerreiros nórdicos aos super-heróis subversivos — nosso levantamento apresenta oito séries derivadas que não apenas honram suas origens, mas em diversos aspectos as superam. Continue lendo para descobrir quais produções conseguiram o raro feito de elevar ainda mais seus universos originais.

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1. The Mandalorian (spin-off de Star Wars)

The Mandalorian

A jornada do caçador de recompensas Din Djarin e seu protegido Grogu (carinhosamente apelidado de Baby Yoda pelos fãs) transporta o espectador para os cantos mais remotos da galáxia de Star Wars. Ambientada após a queda do Império e antes da ascensão da Primeira Ordem, a série explora o vácuo de poder deixado na galáxia e as consequências para aqueles que vivem nas bordas do sistema.

Pedro Pascal empresta sua presença carismática ao silencioso mandaloriano, que raramente mostra o rosto devido às rígidas tradições de seu povo. A série recupera o espírito de faroeste espacial que inspirou George Lucas originalmente, com tramas episódicas e ambientes que lembram filmes de samurai de Akira Kurosawa.

A produção da Disney quebrou novos terrenos técnicos com sua tecnologia de “volume” — um set virtual que projeta cenários em tempo real durante as filmagens, substituindo as tradicionais telas verdes. Esta inovação técnica permitiu criar ambientes mais imersivos e realistas, estabelecendo um novo padrão para produções de TV.

Com três temporadas concluídas e uma quarta confirmada, The Mandalorian se tornou não apenas a primeira série live-action de Star Wars, mas também a mais aclamada entrada na franquia em anos, com taxa de aprovação superior a 90% no Rotten Tomatoes em todas as temporadas.

2. The Originals (spin-off de The Vampire Diaries)

The Originals

Quando os irmãos Mikaelson migraram de Mystic Falls para Nova Orleans, poucos esperavam que sua nova série superaria The Vampire Diaries em maturidade e profundidade narrativa. The Originals mergulha na política sobrenatural de Nova Orleans, onde vampiros, lobisomens e bruxas disputam o controle da cidade sob o olhar atento de humanos alheios ao conflito.

No centro da trama está Klaus Mikaelson, o híbrido vampiro-lobisomem interpretado por Joseph Morgan, que retorna à cidade que ajudou a construir séculos atrás. O que começa como uma busca por poder se transforma em uma história sobre família, redenção e o peso das escolhas ao longo de séculos de existência.

Diferente da série original, que frequentemente se apoiava em romances adolescentes, The Originals oferece um tom mais adulto e sombrio, explorando temas como poder, imortalidade e o custo de manter uma família unida por mais de mil anos. A complexidade moral dos personagens — nem heróis nem vilões, mas sobreviventes de séculos de traumas — proporciona uma narrativa mais nuançada.

A série também conseguiu criar um elenco secundário memorável, incluindo Marcel Gerard (Charles Michael Davis), um ex-escravo transformado em vampiro que governa Nova Orleans, e Davina Claire (Danielle Campbell), uma jovem bruxa com poder suficiente para desafiar os Originais.

3. Vikings: Valhalla (spin-off de Vikings)

Vikings: Valhalla

Saltando quase um século à frente da série original, Vikings: Valhalla acompanha uma nova geração de exploradores nórdicos em um momento crucial da história — o início do declínio da Era Viking e a crescente influência do cristianismo no Norte da Europa. A série da Netflix mergulha fundo em um período de transição, quando o antigo e o novo mundo colidem com consequências devastadoras.

Ambientada no início do século XI, aproximadamente 100 anos após os eventos de Vikings, a trama segue figuras históricas como Leif Eriksson, o explorador que chegou à América do Norte séculos antes de Colombo; sua irmã Freydís, uma feroz defensora das tradições pagãs; e Harald Sigurdsson, o ambicioso guerreiro que um dia seria conhecido como Harald Hardrada, o “último grande viking”.

Um dos principais méritos de Valhalla está em seu contexto histórico mais amplo. Enquanto a série original focava em conflitos localizados e raids, sua sucessora abrange eventos que moldaram a Europa medieval, como as tensões entre pagãos e cristãos na Escandinávia e o massacre do Dia de São Brício, quando o rei inglês Æthelred ordenou o assassinato de todos os dinamarqueses na Inglaterra.

As cenas de batalha receberam destaque especial, com coreografias meticulosamente planejadas e uma escala raramente vista em produções televisivas. A terceira e última temporada da série, lançada em 2023, encerrou arcos narrativos com uma precisão que a série original nem sempre conseguiu alcançar.

4. Gen V (spin-off de The Boys)

Gen V

Em um mundo onde super-heróis são celebridades corporativas frequentemente corruptas, como seriam as instituições que os formam? Gen V responde a essa pergunta explorando a Universidade Godolkin, onde jovens com superpoderes competem por contratos lucrativos e posições nas equipes de elite mantidas pela Vought International.

A série mantém a crítica mordaz e a violência gráfica de The Boys, mas adiciona elementos de drama adolescente e mistério ao mix. A premissa pode parecer “Euphoria com superpoderes”, mas Gen V rapidamente estabelece sua própria identidade ao abordar temas como transtornos alimentares, identidade de gênero e pressão por desempenho através da lente distorcida do universo de The Boys.

A protagonista Marie Moreau, interpretada por Jaz Sinclair, controla sangue — um poder visualmente impactante que serve como metáfora para sua própria jornada de autodescoberta. Junto com um grupo improvável de estudantes, ela desvenda uma conspiração dentro da universidade envolvendo experimentos antiéticos em super-humanos.

Gen V se conecta diretamente à série principal, com eventos que estabelecem elementos cruciais para a quarta temporada de The Boys. Personagens da série original fazem aparições estratégicas, incluindo A-Train, Ashley Barrett e o sempre perturbador Capitão Pátria, criando um sentimento de universo compartilhado sem depender excessivamente da obra original.

A primeira temporada de Gen V superou as expectativas tanto de crítica quanto de público, garantindo uma segunda temporada que deve estrear em 2025 no Prime Video.

5. Star Trek: Picard (spin-off de Star Trek)

Star Trek: Picard

Quando Patrick Stewart anunciou seu retorno ao papel de Jean-Luc Picard após 18 anos, as expectativas dos fãs da franquia atingiram níveis estratosféricos. Em vez de simplesmente revisitar glórias passadas, Star Trek: Picard oferece um olhar maduro e reflexivo sobre um dos personagens mais emblemáticos da ficção científica televisiva.

A série encontra o antigo capitão da Enterprise aposentado em seu vinhedo na França, desiludido com uma Federação que, em sua visão, abandonou seus princípios. Eventos inesperados o arrastam para uma nova missão que o força a confrontar não apenas ameaças externas, mas também seus próprios arrependimentos e falhas.

Uma das grandes forças da série está na maneira como aborda o envelhecimento e o legado. Diferente de outras produções que tentam congelar seus heróis no tempo, Picard abraça o passar dos anos e as mudanças que eles trazem. O protagonista não é mais o capitão infalível que conhecíamos — ele é mais vulnerável, mais humano e, paradoxalmente, mais interessante por isso.

A produção também não se esquiva de questões políticas contemporâneas, explorando temas como refugiados, xenofobia e abuso de poder com a profundidade filosófica que sempre foi marca registrada de Star Trek. A série completou sua jornada após três temporadas, concluindo não apenas a história de Picard, mas também oferecendo um encerramento para toda a tripulação de The Next Generation.

6. Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton (spin-off de Bridgerton)

Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton

Enquanto Bridgerton cativa o público com seus romances ardentes na Londres da Regência, Rainha Charlotte mergulha nas origens de uma das personagens mais intrigantes do universo criado por Shonda Rhimes: a monarca que governa a sociedade com pulso firme e perucas extravagantes.

A série alterna entre dois períodos: o presente (que coincide com os eventos de Bridgerton) e o passado, quando uma jovem Charlotte chega à Inglaterra para se casar com o Rei George III. A trama explora não apenas o início desse relacionamento, mas também como a união entre um rei branco e uma rainha negra transformou a estrutura social da aristocracia britânica neste universo ficcional.

India Amarteifio entrega uma performance excepcional como a jovem Charlotte, capturando tanto a vulnerabilidade de uma adolescente em um país estrangeiro quanto a astúcia que eventualmente a transformaria na rainha que conhecemos. Igualmente impressionante é Corey Mylchreest como o jovem Rei George, cuja luta contra problemas de saúde mental oferece uma nova perspectiva sobre a figura histórica.

A série estabelece um cuidadoso equilíbrio entre romance e política, mantendo a sensualidade característica de Bridgerton enquanto adiciona camadas de complexidade sobre dinâmicas raciais, poder e sacrifício. Com seis episódios, Rainha Charlotte oferece uma narrativa mais concisa e focada que sua série de origem, resultando em uma experiência mais coesa.

7. Narcos: México (spin-off de Narcos)

Narcos: México

Após três temporadas documentando a ascensão e queda de Pablo Escobar e do Cartel de Cali na Colômbia, a franquia Narcos transferiu seu foco para o México, explorando as origens do tráfico moderno de drogas no país vizinho aos Estados Unidos. O resultado é uma série que não apenas mantém a qualidade da original, mas a supera em escopo e profundidade narrativa.

Começando nos anos 1980, a série acompanha a transformação do tráfico mexicano de uma operação descentralizada de maconha para um império de cocaína sob o comando de Félix Gallardo (Diego Luna). Paralelamente, acompanhamos Kiki Camarena (Michael Peña), agente da DEA determinado a desmantelar a crescente operação, em um jogo de gato e rato com consequências devastadoras para ambos os lados.

Com uma produção impecável e cinematográfica, Narcos: México se destaca por sua abordagem quase documental de eventos históricos, mesclando imagens de arquivo com recriações dramáticas. A série não romantiza nem os traficantes nem os agentes da lei, mostrando a complexidade moral de um conflito onde as linhas entre herói e vilão frequentemente se borram.

As três temporadas da série cobrem um período crucial que moldou o México contemporâneo, explorando não apenas o narcotráfico, mas também a corrupção institucionalizada, a influência americana e as raízes da violência que hoje assola o país. Em seu encerramento, a série conecta os pontos com o México atual, mostrando como as sementes plantadas décadas atrás resultaram na guerra às drogas que continua até hoje.

8. Lendas do Amanhã (spin-off do Arrowverse)

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O que começou como mais um spin-off do universo televisivo da DC rapidamente se transformou em algo totalmente único. Lendas do Amanhã abandona o tom sombrio e sério de Arrow e abraça o absurdo inerente a uma premissa sobre viajantes do tempo tentando consertar a história.

A equipe inicial inclui personagens secundários de outras séries do Arrowverse — um assassino reformado, um ladrão sarcástico, cientistas com trajes high-tech e meta-humanos — reunidos pelo viajante do tempo Rip Hunter (Arthur Darvill) para impedir que o imortal Vandal Savage destrua o futuro. O que começa como uma missão séria evolui para algumas das aventuras mais criativas e descompromissadas da TV, incluindo encontros com dinossauros, deuses mitológicos e até figuras históricas como J.R.R. Tolkien e Elvis Presley.

A série encontrou sua verdadeira voz quando começou a abraçar seu lado mais absurdo e meta-referencial. Episódios como “Here I Go Again” (onde o tempo fica preso em um loop de 1 hora), “Beebo, o Deus da Guerra” (apresentando um brinquedo de pelúcia que se torna uma divindade nórdica) e “Puppets of Tomorrow” (com os personagens transformados em fantoches) demonstram a disposição dos roteiristas em arriscar.

Ao longo de sete temporadas, o elenco passou por diversas mudanças, mas a série manteve sua identidade distinta dentro do saturado gênero de super-heróis. Com sua mistura de humor, coração e comentário social disfarçado de loucura temporal, Lendas do Amanhã se tornou a ovelha negra amada do Arrowverse, conquistando uma base de fãs dedicada que aprecia sua disposição de priorizar criatividade sobre convenções.

Universos que se expandem e surpreendem

As séries spin-off representam mais que simples tentativas de estender franquias lucrativas — quando bem executadas, oferecem novas perspectivas sobre universos já estabelecidos e frequentemente superam suas origens. Seja aprofundando personagens secundários ou explorando épocas e locais diferentes, esses derivados enriquecem o panorama televisivo atual.

O que todas estas produções têm em comum é a capacidade de honrar o material original enquanto estabelecem identidade própria. Elas expandem universos sem ficarem presas a fórmulas, apresentando novas abordagens narrativas que frequentemente superam as séries que lhes deram origem.

Das dinâmicas familiares sobrenaturais de The Originals às aventuras espaciais de The Mandalorian, do drama de época de Rainha Charlotte às críticas sociais disfarçadas de Gen V, estas séries provam que às vezes o aluno supera o mestre. Em um cenário de streaming cada vez mais competitivo, dominar a arte do spin-off tornou-se essencial para estúdios manterem franchises relevantes por mais tempo.

E você, qual destas séries derivadas considera superior à original? Existe algum outro spin-off que deveria estar nesta lista? Compartilhe sua opinião nos comentários e não se esqueça de compartilhar este artigo nas redes sociais para que outros fãs de séries também possam descobrir estas joias do streaming!

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