5 jogos com bugs tão bons que viraram parte da diversão

5 jogos com bugs tão bons que viraram parte da diversão

No mundo dos videogames, nem sempre é a perfeição que faz um jogo brilhar. Às vezes, são os erros, aqueles tropeços dos desenvolvedores que, por acaso, criam algo mágico. Bugs que poderiam ter sido consertados acabam virando mecânicas icônicas, mudando a cara de jogos e até de gêneros inteiros.

Com base em histórias curiosas de desenvolvimento, selecionamos cinco jogos onde falhas se transformaram em diversão extra e recursos lendários, tornando a experiência ainda mais divertida. Preparado para descobrir como um código mal digitado pode criar momentos épicos? Vamos lá!

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  1. Grand Theft Auto: o caos que deu origem a um gênero

Grand Theft Auto bug

Quando a DMA Design (que mais tarde virou Rockstar) estava trabalhando em Race N’ Chase, a ideia era simples: um jogo de perseguições de carro onde você podia ser policial ou ladrão. Mas, durante os testes, alguém percebeu que a inteligência artificial dos policiais estava… digamos, exagerada. Eles perseguiam os jogadores com uma fúria desproporcional, causando acidentes, batendo em pedestres e transformando as ruas num caos total.

Os desenvolvedores, em vez de corrigir o bug, viram ali uma oportunidade. “Por que não focar só no lado dos bandidos e abraçar essa bagunça?” Assim nasceu Grand Theft Auto, um jogo que não só lançou um gênero, mas se tornou um fenômeno cultural. Aquele erro na programação dos policiais agressivos virou a essência do que faz GTA ser tão divertido: um mundo onde o caos reina.

  1. The Elder Scrolls V: Skyrim: voando com os gigantes

Skyrim Giant

Se você já jogou Skyrim, provavelmente já foi vítima de um gigante e seu tacape gigante. Um golpe bem dado e poof, lá vai o Dragonborn voando pelos céus de Tamriel como se tivesse sido lançado por um canhão. Esse “efeito de lançamento” não estava nos planos da Bethesda. Na verdade, é um bug do motor do jogo, que converte o dano excedente (acima do que mataria o jogador) em força física, mandando você para o espaço.

Quando os desenvolvedores notaram isso, decidiram deixar como estava. O resultado? Os gigantes se tornaram um dos inimigos mais temidos (e hilários) do jogo. Esse bug virou uma marca registrada de Skyrim, com jogadores até hoje compartilhando vídeos de suas viagens intergalácticas causadas por um golpe mal calculado. Quem precisa de dragões quando você tem um taco de gigante?

  1. Super Mario Bros.: o pulo na parede que virou parkour

 Wall Jump in Super Mario Bros.

Em Super Mario Bros., de 1985, correr contra uma parede e pular no momento certo pode fazer o Mario quicar para alcançar lugares mais altos. Parece uma mecânica genial para jogadores habilidosos, mas na verdade foi um acidente. Esse “wall jump” (pulo na parede) surgiu por um erro de clipping no código, permitindo que o Mario desafiasse a física com um salto extra. A manobra exige um timing perfeito e não funciona em todas as situações, mas pode até ser usada para quebrar níveis e acessar áreas secretas.

Anos depois, a Nintendo percebeu o potencial desse bug e transformou o pulo na parede em uma mecânica oficial em Super Mario 64, tornando-o um movimento de parkour que qualquer jogador pode usar. De um erro acidental no NES para uma habilidade icônica da franquia, o wall jump mostra como até os menores bugs podem mudar a história dos games.

  1. Street Fighter II: o nascimento dos combos

street fighter II

Hoje, combos são a alma dos jogos de luta, mas você sabia que eles nasceram de um erro? Em Street Fighter II, os desenvolvedores da Capcom deixaram, sem querer, uma brecha que permitia cancelar a animação de um golpe assim que ele acertava o oponente, começando o próximo ataque imediatamente. Isso permitiu que os jogadores encadeassem golpes em sequência, criando as famosas combos que transformaram o jogo num espetáculo de habilidade.

Quando os jogadores descobriram essa mecânica, ela virou febre nos arcades. A Capcom, em vez de corrigir o bug, abraçou a ideia, e os combos se tornaram uma parte essencial não só de Street Fighter, mas de praticamente todos os jogos de luta que vieram depois. Sem esse “acidente”, o gênero poderia ser bem menos dinâmico.

  1. Minecraft: o creeper, a explosão acidental

The Creeper in Minecraft

O Creeper é, sem dúvida, o inimigo mais icônico de Minecraft. Mas acredite: ele não deveria existir. Quando Markus “Notch” Persson, criador do jogo, estava modelando um porco para o mundo de blocos, ele trocou, sem querer, os eixos Y e Z no código e bagunçou a rotação. O resultado? Ao abrir o jogo, ele deu de cara com uma criatura esguia, de olhos mortos, que mais parecia um monstro do que um porquinho.

Em vez de descartar a aberração, Notch achou que ela seria perfeita como inimigo. Um amigo sugeriu que a criatura explodisse ao se aproximar do jogador, e assim nasceu o Creeper, aquele ser que causa arrepios (e buracos no chão) até hoje. De um erro de código para um ícone da cultura gamer, o Creeper prova que até os bugs mais bizarros podem virar lendas.

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