
Nem Elon Musk escapou: Como a era Trump derrubou fortunas bilionárias
Nem Elon Musk escapou: Como a era Trump derrubou fortunas bilionárias
Desde que Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos, o mundo financeiro sentiu o impacto. A instabilidade nos mercados globais, impulsionada por uma guerra comercial agressiva e decisões políticas controversas, fez com que até os bilionários mais poderosos vissem seus patrimônios encolherem.
Nomes como Elon Musk, Jeff Bezos e Jensen Huang encabeçam a lista dos que mais perderam dinheiro, em um cenário onde incertezas políticas e mudanças de mercado ditam o ritmo. Vamos explorar quem são esses magnatas, por que estão perdendo tanto e o que isso significa para o futuro.
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Elon Musk: o maior perdedor no palco político e empresarial
Elon Musk, o homem mais rico do mundo e rosto por trás da Tesla e SpaceX, lidera o ranking das perdas com uma redução impressionante de US$ 45,3 bilhões em seu patrimônio desde a posse de Trump. Apesar de ainda ostentar uma fortuna de US$ 387 bilhões, Musk enfrenta tempos turbulentos. A Tesla, sua principal fonte de riqueza, viu suas ações despencarem 25% em 2025, refletindo não apenas o caos nos mercados, mas também decisões pessoais que custaram caro.
Musk mergulhou de cabeça na administração Trump, integrando o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) e apoiando abertamente o presidente com doações e discursos. No entanto, sua proximidade com o governo gerou rejeição. Declarações polêmicas, como o suposto apoio ao partido de extrema-direita alemão AfD e gestos controversos, afastaram parte de sua base de clientes. Analistas estimam que a Tesla perdeu até 10% de seu público-alvo devido à postura de Musk. Na Europa, as vendas da montadora caíram 45% no início de 2025, com menos de 10 mil carros vendidos.
Além disso, Musk entrou em rota de colisão com Peter Navarro, conselheiro econômico de Trump, o que o levou a anunciar sua saída do DOGE. O JPMorgan Chase classificou sua participação no governo como “controversa”, e analistas como Dan Ives, da Wedbush, reduziram o preço-alvo das ações da Tesla de US$ 550 para US$ 315, citando o ambiente político e a guerra comercial como agravantes. Para Musk, o preço de misturar negócios e política nunca foi tão alto.
Jeff Bezos e Larry Ellison: gigantes tecnológicos na linha de frente
Logo atrás de Musk, Jeff Bezos, fundador da Amazon, perdeu US$ 34,8 bilhões, mas mantém o segundo lugar na lista da Forbes com US$ 202 bilhões. Larry Ellison, da Oracle, também foi duramente atingido, com uma redução de US$ 28,2 bilhões em sua fortuna. Essas perdas refletem o impacto da guerra comercial de Trump, que abalou índices como o S&P 500 e o Dow Jones, ambos com quedas de cerca de 8% desde o início do ano, o pior desempenho em cinco décadas.
As empresas de tecnologia, que dependem de cadeias de suprimento globais e mercados internacionais, sofreram com as tarifas e restrições impostas por Trump. A Amazon, por exemplo, enfrenta custos operacionais mais altos devido às barreiras comerciais, enquanto a Oracle, focada em soluções corporativas, viu sua demanda oscilar em um mercado instável. Apesar das perdas, Bezos e Ellison permanecem entre os mais ricos, mostrando que, mesmo em tempos difíceis, suas fortunas ainda são colossais.
Jensen Huang e a Nvidia: um golpe no coração da IA
Jensen Huang, CEO da Nvidia, perdeu US$ 24,9 bilhões, com as ações de sua empresa caindo 21% em 2025. Diferentemente de Musk e Bezos, as perdas da Nvidia estão menos ligadas à guerra comercial e mais a uma reviravolta no mercado de inteligência artificial. O surgimento do DeepSeek, um concorrente chinês do ChatGPT, revelou que chatbots de IA podem ser treinados sem hardware de alta performance, reduzindo a demanda pelos chips da Nvidia.
Além disso, restrições americanas à exportação de chips para a China, iniciadas no governo Biden, e a concorrência de empresas como a Huawei também pesaram sobre os resultados da Nvidia. Huang, que transformou a Nvidia em uma potência da IA, agora enfrenta o desafio de se adaptar a um mercado em transformação, onde a inovação chinesa e as barreiras comerciais redefinem as regras.
Outros nomes no Top 10 das perdas
A lista dos bilionários que perderam fortunas desde a posse de Trump inclui outros gigantes:
- Larry Page (Google): US$ 27,4 bilhões.
- Sergey Brin (Google): US$ 25,6 bilhões.
- Mark Zuckerberg (Meta): US$ 21,5 bilhões.
- Michael Dell (Dell): US$ 16,8 bilhões.
- Stephen Schwarzman (Blackstone): US$ 10,9 bilhões.
- Steve Ballmer (Microsoft): US$ 8,4 bilhões.
Embora as perdas sejam bilionárias, a hierarquia da Forbes permanece praticamente intacta. Esses magnatas, mesmo com fortunas reduzidas, continuam dominando o topo do ranking global de riqueza. A maioria enfrenta desafios semelhantes: incertezas econômicas, mercados voláteis e os efeitos colaterais de uma política externa agressiva.
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