IGN e Digital Foundry processam OpenAI por uso indevido de conteúdo
IGN e Digital Foundry processam OpenAI por uso indevido de conteúdo
IGN e Digital Foundry processam OpenAI em uma ação judicial que acusa a empresa de Sam Altman de usar conteúdos protegidos para treinar inteligências artificiais sem permissão. A disputa foi protocolada no estado de Delaware, nos Estados Unidos, e promete abrir novos debates sobre os limites do uso de conteúdo por IA.
O que levou IGN e Digital Foundry a processarem a OpenAI?
Segundo documentos obtidos pelo The New York Times, a acusação afirma que a OpenAI copiou e utilizou, de forma contínua e sem autorização, artigos dos seguintes veículos:
- IGN;
- Eurogamer;
- GamesIndustry.biz;
- Rock Paper Shotgun;
- VG247;
- PushSquare;
- PureXbox
- Nintendolife.
Eses sites são todos administrados por um mesmo grupo de mídia, que agora busca uma indenização que pode chegar a centenas de milhões de dólares.
A alegação central é que a OpenAI violou direitos autorais e diluiu marcas renomadas no mercado de games e tecnologia ao utilizar esse material como base para o treinamento do ChatGPT.
OpenAI defende o uso legítimo dos conteúdos
Em resposta, a OpenAI afirmou que seu uso de conteúdos protegidos estaria coberto pelo conceito de “fair use”, alegando que suas tecnologias impulsionam a criatividade, a pesquisa médica e o avanço científico. No entanto, muitos especialistas jurídicos acreditam que essa linha de defesa será testada nos tribunais, especialmente diante da pressão crescente por regulamentação.
O impacto do processo para a indústria de IA
Este não é um caso isolado. Outras organizações de peso, como o próprio The New York Times, News Corp (dona do The Wall Street Journal) e autores como George R. R. Martin e Sarah Silverman, também movem processos semelhantes contra a OpenAI. O Autor Toby Walsh, da Universidade de Nova Gales do Sul, chegou a afirmar que o treinamento de IA é o “maior roubo da história da humanidade”.
O cenário mostra que o mercado editorial está dividido entre ações judiciais e acordos comerciais.
Por exemplo, a Future Publishing, dona de veículos como PC Gamer, GamesRadar e Edge, optou por firmar um acordo para licenciar seu conteúdo à OpenAI, permitindo o uso autorizado em troca de compensação financeira.
Impacto também no mercado de games
O debate sobre o uso de inteligência artificial sem consentimento já começa a gerar reflexos em outras áreas. Recentemente, o jogo Doom: The Dark Ages enfrentou problemas com dubladores espanhóis que se recusaram a trabalhar no projeto até que a Microsoft garantisse proteção contra o treinamento de IA usando suas vozes. O impasse foi resolvido, mas deixou claro que a discussão sobre direitos autorais vai além dos textos escritos.
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