Como a re-exibição de Star Wars: Episódio III provou que o CEO da Netflix está errado sobre o cinema

Como a re-exibição de Star Wars: Episódio III provou que o CEO da Netflix está errado sobre o cinema

Quando Ted Sarandos, CEO da Netflix, afirmou que o modelo de ir ao cinema está ficando ultrapassado e que as pessoas preferem assistir a grandes lançamentos em casa, muitos fãs de cinema torceram o nariz. Afinal, a experiência de ver um filme na telona, com som surround e uma plateia vibrando, é algo que streaming nenhum consegue replicar.

E, como se o universo quisesse responder diretamente a Sarandos, a re-exibição de Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith em 2025 mostrou que o cinema ainda tem um poder imenso. Com números impressionantes nas bilheterias e uma onda de entusiasmo dos fãs, o retorno desse clássico de 20 anos desmentiu a fala do executivo de forma categórica. Vamos entender como isso aconteceu e por que o cinema continua mais vivo do que nunca.

O contexto: o que disse Ted Sarandos?

Em abril de 2025, Ted Sarandos fez comentários que repercutiram no mundo do entretenimento. Ele sugeriu que a Netflix está “salvando Hollywood” ao focar no streaming, enquanto o hábito de ir ao cinema seria algo em declínio, com o público preferindo o conforto do sofá.

Para ele, o modelo teatral está perdendo relevância, especialmente após um 2024 com vários filmes que não brilharam nas bilheterias. A fala, embora ancorada no crescimento do streaming, ignorou um detalhe crucial: a paixão dos cinéfilos por experiências coletivas e imersivas que só o cinema pode garantir. E a resposta veio rápido, com a re-exibição de A Vingança dos Sith mostrando que Sarandos subestimou o apelo das telonas.

A força de Star Wars nas bilheterias

Star Wars: A Vingança dos Sith retorna ao cinema

Para celebrar os 20 anos de Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith, a Lucasfilm relançou o filme nos cinemas a partir de 25 de abril de 2025, por apenas uma semana. O resultado? Um sucesso estrondoso. Em apenas três dias, o filme arrecadou US$ 42,2 milhões mundialmente, sendo US$ 25,2 milhões na América do Norte e US$ 17 milhões em mercados internacionais, como Alemanha, França, Brasil e Austrália. Esses números colocaram a re-exibição como a segunda maior bilheteria do fim de semana nos EUA, atrás apenas de Pecadores, um sucesso de Ryan Coogler, e à frente de estreias como O Contador 2.

O mais impressionante é que A Vingança dos Sith é um filme de 2005, disponível no Disney+ por uma fração do preço de um ingresso. Se Sarandos estivesse certo, e as pessoas preferissem ficar em casa, por que tantas correram para os cinemas? A resposta está na experiência única do cinema: ver as batalhas épicas em Coruscant, o duelo em Mustafar e a transformação de Anakin Skywalker em Darth Vader em uma tela gigante, com som Dolby e, em alguns casos, cadeiras 4DX que vibram com a ação, é algo que nenhum sofá pode igualar.

Um recorde que fala por si

magia do cinema

A re-exibição de A Vingança dos Sith não foi só um sucesso, ela entrou para a história. Com US$ 25,2 milhões em bilheteria doméstica no fim de semana de estreia, o filme conquistou um dos maiores fins de semana de re-exibição da história, ficando atrás apenas de Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança (US$ 36 milhões em 1997) e O Rei Leão (US$ 30 milhões em 2011). Ela superou re-exibições de peso, como Avatar (US$ 10 milhões em 2022), Titanic (US$ 17 milhões em 2012) e até Star Wars: Episódio I – A Ameaça Fantasma (US$ 8,7 milhões em 2024).

Esse desempenho é ainda mais notável porque o filme foi exibido em apenas 2.775 salas nos EUA, menos que muitos lançamentos novos, e em formatos premium como 4DX, que atraíram fãs dispostos a pagar mais pela imersão. A nova arte do pôster, criada por Matt Ferguson, e eventos com a presença de astros como Hayden Christensen e Samuel L. Jackson, que surpreenderam fãs em algumas sessões, só aumentaram o hype.

As bilheterias de 2025 mostram que o cinema ainda tem força

A Vingança dos Sith não foi um caso isolado. O mesmo fim de semana de 25 a 27 de abril de 2025 mostrou que o cinema está longe de ser “ultrapassado”. Pecadores, filme de terror de Michael B. Jordan, arrecadou US$ 45 milhões em sua segunda semana, com uma queda recorde de apenas 6% em relação à estreia, algo raro para filmes com aberturas acima de US$ 40 milhões.

Um filme Minecraft ultrapassou US$ 800 milhões globalmente, enquanto O Contador 2 estreou com quase US$ 40 milhões. Esses números mostram que, quando há filmes de qualidade ou apelo emocional, o público responde lotando as salas.

Essa vitalidade do cinema desafia diretamente a visão de Sarandos. Sim, o streaming é conveniente, e a Netflix tem seu espaço, mas a experiência coletiva de rir, chorar ou vibrar com uma multidão não tem preço. Fãs celebraram a re-exibição de Star Wars com entusiasmo, com relatos de sessões lotadas e até um espectador que levou um sabre de luz, arrancando risadas ao “acendê-lo” em uma cena tensa.

Levando o público para as telonas

cinema

O sucesso de A Vingança dos Sith e outros filmes de 2025 prova que o público vai ao cinema quando há um motivo. Seja pela nostalgia de revisitar um clássico, pela grandiosidade de um blockbuster ou pela novidade de uma história original, as pessoas querem se conectar com as telonas. Fatores como a crise do custo de vida podem limitar idas ao cinema, mas isso não significa que o modelo está morto, apenas que os estúdios precisam entregar experiências que valham o ingresso.

No caso de Star Wars, a re-exibição tocou em algo especial: a chance de reviver um marco da cultura pop, que transformou Anakin Skywalker em Darth Vader, em um ambiente que amplifica sua emoção. E não é só sobre o passado. A franquia planeja novos filmes, como The Mandalorian & Grogu em 2026, mostrando que Star Wars ainda aposta no cinema.

Uma lição para Hollywood

Ted Sarandos não está totalmente errado, o streaming mudou o jogo, e a Netflix tem méritos em trazer conteúdo acessível. Mas dizer que o cinema é obsoleto é ignorar o que A Vingança dos Sith e outros sucessos de 2025 gritam: as pessoas amam a experiência teatral quando ela entrega algo especial. Seja um clássico de 20 anos ou um novo hit, o cinema continua sendo um lugar de magia, onde histórias ganham vida de um jeito que nenhuma TV pode replicar.

E você, correu para ver Star Wars no cinema ou prefere o streaming? Conta pra gente nos comentários e bora celebrar o poder das telonas!

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