
Sony Music trava guerra contra IA e remove 75 mil músicas geradas por inteligência artificial
Sony Music trava guerra contra IA e remove 75 mil músicas geradas por inteligência artificial
A Sony Music revelou ter removido mais de 75 mil faixas geradas por inteligência artificial (IA) que imitavam ilegalmente seus artistas. A gravadora divulgou o número em um relatório enviado ao governo do Reino Unido, reforçando as preocupações da indústria musical sobre o impacto das réplicas digitais. A informação foi publicada pelo Financial Times e destaca a crescente tensão entre músicos, gravadoras e empresas de tecnologia.
Deepfakes musicais: uma ameaça crescente
O avanço da inteligência artificial permitiu a criação de músicas falsas que imitam a voz e o estilo de artistas famosos. Essas réplicas digitais, conhecidas como deepfakes, geram preocupação no setor, pois podem causar prejuízos financeiros e comprometer a identidade artística de músicos icônicos.
A Sony Music revelou que já tem “ampla experiência” no combate a esse problema e alertou que a disseminação de faixas falsas pode causar “danos comerciais diretos” a artistas e gravadoras.
Governo britânico propõe mudanças polêmicas
A gravadora se posicionou contra a proposta do governo do Reino Unido de um modelo de “opt-out”, que permitiria que sistemas de IA fossem treinados com músicas protegidas por direitos autorais sem autorização prévia. A Sony Music classificou a iniciativa como “apressada e desequilibrada”, afirmando que ela favorece as empresas de tecnologia em detrimento dos artistas.
O setor criativo britânico, incluindo músicos renomados como Paul McCartney e Elton John, se mobilizou contra a proposta, alertando que a falta de regulamentação pode transformar a indústria musical em um verdadeiro “Velho Oeste” digital.
O futuro da música diante da inteligência artificial
O debate sobre o uso de IA na música continua a crescer. Enquanto empresas de tecnologia defendem o potencial criativo da inteligência artificial, artistas e gravadoras pedem regulamentações mais rígidas para proteger suas obras.
Diante desse cenário, a Sony Music sugere que qualquer uso de músicas protegidas para treinamento de IA deve passar por um licenciamento oficial, garantindo que os artistas tenham controle e compensação justa pelo uso de suas criações.
A batalha entre inovação e proteção dos direitos autorais está longe de acabar, e o futuro da música pode depender das decisões tomadas nos próximos anos.
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