Meta inicia testes de chip proprietário para IA e busca romper dependência da NVIDIA

Meta inicia testes de chip proprietário para IA e busca romper dependência da NVIDIA

A Meta, empresa de Mark Zuckerberg, deu um passo significativo ao começar a testar as primeiras amostras de seu chip proprietário para o treinamento de sistemas de inteligência artificial (IA). Essa iniciativa marca uma tentativa estratégica de reduzir a dependência dos processadores da NVIDIA, sinalizando a determinação da empresa em construir uma infraestrutura tecnológica autônoma.

A Corrida pela Independência Tecnológica

De acordo com informações da Reuters, a Meta está atualmente testando pequenos lotes de chips produzidos internamente. Se esses testes forem bem-sucedidos, a empresa controladora do Facebook poderá aumentar rapidamente a produção e implantar esses processadores em seus próprios data centers. Essa mudança se insere em uma tendência mais ampla, onde gigantes da tecnologia buscam alternativas aos suprimentos externos, especialmente em um mercado dominado pela NVIDIA.

Colaboração com a TSMC e Desafios no Desenvolvimento

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Fontes internas revelaram que a Meta firmou uma parceria com a TSMC, líder mundial na produção de semicondutores, para a fabricação dos lotes de teste. A colaboração com a TSMC é vista como um passo crucial, pois a empresa taiwanesa será responsável pela produção física dos chips projetados pela Meta. Além disso, especulações indicam que a Meta e a Broadcom estão trabalhando juntas para lançar o “primeiro acelerador de treinamento de IA” da empresa, um marco importante no desenvolvimento de soluções proprietárias.

O projeto da série “Meta Training and Inference Accelerator” tem uma história complexa, marcada por desafios e reviravoltas. A Reuters relata que o desenvolvimento passou por um início instável e, em determinado momento, a Meta até abandonou um chip em estágio semelhante de desenvolvimento.

Da Inferência ao Treinamento de IA

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A experiência da Meta com chips personalizados não é nova. No ano passado, a empresa começou a utilizar um chip MTIA para realizar inferência, que é o processo de execução de um sistema de IA nas interações do usuário, como nos sistemas de recomendação que definem o conteúdo exibido nos feeds de notícias do Facebook e Instagram. O próximo passo, mais ambicioso, é implementar soluções proprietárias para o treinamento de modelos de IA, um processo mais complexo e intensivo em computação.

A Meta pretende ter esses chips personalizados operacionais para treinamento de IA no próximo ano. Embora exemplos anteriores de hardware MTIA tenham sido baseados em núcleos RISC-V de código aberto, ainda não está claro se essa arquitetura será a base do novo design de chip voltado para o treinamento de grandes modelos de linguagem.

Uma Mudança Significativa na Indústria

A estratégia da Meta reflete uma mudança significativa na indústria de tecnologia, onde o controle de toda a cadeia de suprimentos se torna uma vantagem competitiva crucial na corrida para inovar em inteligência artificial. Com essa nova abordagem, a Meta busca não apenas se destacar no mercado, mas também garantir sua autonomia em um cenário tecnológico em rápida evolução.

Outra grande Big Tech que está acelerando o processo para se desvincular da NVIDIA, em termos de chips, é a OpenAI. Saiba mais sobre isso aqui.

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