Empresa usa robô humanoide para acelerar descoberta de novos remédios

A Insilico Medicine, empresa de biotecnologia sediada nos Estados Unidos, anunciou a implementação de um robô humanoide chamado “Supervisor” em seu laboratório de descoberta de medicamentos. A novidade faz parte de um sistema totalmente automatizado e orientado por inteligência artificial, projetado para impulsionar a pesquisa científica e acelerar o desenvolvimento de novos tratamentos.

O Supervisor foi criado para atuar na aquisição e geração de dados, auxiliando no treinamento de sistemas de IA que simulam a experiência de cientistas humanos. Inicialmente, o robô participará de tarefas como monitoramento, supervisão e suporte remoto, mas a expectativa é que, no futuro, ele realize experimentos de laboratório de forma mais autônoma.

Automação e inteligência artificial revolucionando a pesquisa

Segundo Alex Zhavoronkov, fundador e CEO da Insilico Medicine, a ideia é que robôs humanoides trabalhem lado a lado com cientistas, desempenhando tarefas repetitivas e operando equipamentos de laboratório projetados para uso humano. Isso pode incluir desde a manipulação de reagentes até a execução de experimentos complexos, reduzindo a necessidade de supervisão direta.

A empresa acredita que, ao permitir a integração de humanoides guiados por IA, será possível superar as limitações dos sistemas robóticos tradicionais, que ainda dependem da intervenção humana para ajustes e manutenção. Com isso, laboratórios poderão otimizar fluxos de trabalho, aumentar a produtividade e acelerar descobertas científicas em áreas como pesquisa farmacêutica e captura de carbono.

Histórico de inovações e avanços na pesquisa

A Insilico Medicine vem investindo na automação de laboratórios desde 2022, quando lançou o LifeStar1, um laboratório robótico voltado para pesquisa sobre câncer e envelhecimento. Com a ajuda de IA, a empresa já desenvolveu 30 candidatos a medicamentos, sendo que 10 foram aprovados para testes clínicos.

Um dos principais projetos em andamento é o ISM001-055, um medicamento experimental com propriedades antienvelhecimento, atualmente em ensaios clínicos para o tratamento da fibrose pulmonar idiopática (IPF). Os primeiros resultados indicam que a droga tem boa segurança e melhora da função pulmonar em pacientes submetidos ao tratamento.

Com a integração de robôs humanoides no laboratório, a empresa pretende expandir suas pesquisas e aprimorar o desenvolvimento de novos medicamentos. A iniciativa pode representar um avanço significativo para a indústria farmacêutica, abrindo caminho para um futuro onde IA e robôs trabalham em conjunto para impulsionar a ciência.

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