O que significa o “i” do iPhone? Steve Jobs revelou a resposta 9 anos antes do produto existir

O que significa o “i” do iPhone? Steve Jobs revelou a resposta 9 anos antes do produto existir

Por que o iPhone começa com “i”? Essa pergunta já passou pela cabeça de muita gente. Desde o lançamento do primeiro iMac, em 1998, a Apple criou uma identidade visual marcante com essa letra minúscula — iPhone, iPad, iPod, iTunes. Mas o que, de fato, significa esse “i”?

A resposta foi dada por Steve Jobs em 1998, bem antes do iPhone existir. E ela revela uma filosofia poderosa que moldou a identidade da Apple.

O “i” nasceu com o iMac — e carrega cinco ideias centrais

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Em maio de 1998, Steve Jobs subiu ao palco para apresentar o iMac G3, o primeiro grande lançamento desde seu retorno à Apple. Foi nesse evento que ele explicou publicamente, pela primeira vez, o motivo por trás da letra “i”.

Segundo Jobs, o “i” representava cinco conceitos-chave:

  • Internet

  • Individual

  • Instruir

  • Informar

  • Inspirar

Era uma proposta ambiciosa: conectar as pessoas à internet, sim, mas também criar produtos pessoais, que ensinassem, informassem e despertassem criatividade. “Não é uma definição rígida”, disse Jobs na época. “É um conjunto de ideias que representam a essência do que a Apple acredita.”

A ideia veio de uma agência — e quase foi recusada por Jobs

O nome “iMac” foi criado por Ken Segall, diretor de criação da agência TBWAChiatDay, responsável pelas campanhas da Apple. A proposta original era unir “internet + Macintosh”. Jobs não gostou de cara. Achava o nome genérico demais. Mas, ao perceber o potencial de branding da letra “i”, mudou de ideia.

O nome caiu como uma luva para o novo computador, que foi pensado para tornar a conexão com a internet fácil e rápida — algo ainda complicado nos anos 90.

Think Different: o terreno foi preparado antes

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Antes mesmo do iMac, a Apple já vinha resgatando sua identidade com a icônica campanha “Think Different”, lançada em 1997. O slogan reposicionou a marca como símbolo de criatividade e rebeldia positiva — e serviu como rampa de lançamento para o iMac e toda a era dos produtos com “i”.

O resultado? O iMac G3 vendeu 800 mil unidades em 5 meses e ultrapassou 6 milhões ao longo de sua vida útil. Foi o produto que tirou a Apple da beira do colapso e iniciou sua escalada de retorno.

O “i” virou tendência e filosofia

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Com o sucesso do iMac, a Apple estendeu o uso da letra a praticamente toda sua linha: iBook, iTunes, iPod, iPhone, iPad. O “i” virou sinônimo de inovação acessível, centrada no usuário, e, é claro, um elemento de identificação entre os produtos da Apple.

Mais do que um prefixo, representava, do ponto de vista do marketing, um produto que se conectava com o mundo, mas também com você. Um computador, um celular ou um player de música que inspirava, ensinava e informava — sem exigir que você fosse técnico para usá-lo.

Jobs reforçava que cada usuário podia interpretar o “i” à sua maneira. Era um conceito aberto, adaptável, com forte apelo humano.

Por que a Apple passou a dar menos ênfase ao “i” nos nomes?

Com o tempo, o “i” deixou de ser o padrão. Produtos como AirPods, Apple Watch, Apple TV e Apple Vision Pro já não seguem essa lógica. 

Isso aconteceu porque a marca Apple se tornou tão sólida, tão presente no imaginário coletivo, que já não precisava mais de um prefixo para se afirmar. O design, a experiência do usuário e o ecossistema falam por si.

Em 2024, a Apple tornou-se a primeira marca global a alcançar US$ 1 trilhão em valor de marca, segundo o ranking Kantar BrandZ — um salto de ~15% sobre o ano anterior. Em 2025, manteve o topo pelo quarto ano consecutivo, com valor estimado em US$ 1,3 trilhão, um crescimento de 28% ano a ano.

Importante: esse valor se refere à marca Apple em si — ou seja, ao peso do nome, reputação, fidelidade e percepção pública.
Isso é diferente do valor de mercado da empresa (market cap), que reflete ações, ativos e desempenho financeiro.

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