
Intel desativa o Clear Linux OS e encerra sua própria distribuição otimizada para Xeon
Intel desativa o Clear Linux OS e encerra sua própria distribuição otimizada para Xeon
O Clear Linux OS, sistema operacional de código aberto mantido pela própria Intel e projetado para extrair o máximo desempenho de processadores Xeon, acaba de ser oficialmente descontinuado. Sem aviso prévio, a empresa arquivou o projeto e interrompeu todas as atualizações, incluindo correções de segurança, deixando usuários sem suporte e forçando a migração imediata para outras distros Linux.
Intel abandona sua própria distribuição Linux
O Clear Linux OS nasceu com uma proposta clara: oferecer a melhor performance possível em CPUs Intel, com foco especial em servidores, desktop e ambientes de nuvem. O sistema era altamente otimizado para instruções AVX-512 e conquistava benchmarks com folga frente a outras distribuições tradicionais, como Ubuntu ou Fedora.
O repositório do projeto foi colocado em modo somente leitura no GitHub, e não haverá mais atualizações nem suporte técnico. A última versão, baseada no kernel Linux 6.15.7 e no GNOME 48.3, foi lançada poucos dias antes do anúncio oficial.
Comunicado oficial recomenda migração urgente
Em nota pública, a Intel alertou os usuários sobre os riscos de continuar utilizando o sistema sem suporte:
“Recomendamos que todos os usuários planejem a migração para uma distribuição Linux ativamente mantida, para garantir a continuidade da segurança e estabilidade do sistema.”
A medida foi tomada com efeito imediato. Nenhum patch de segurança ou update adicional será liberado daqui em diante.
E o compromisso com o Linux?
Apesar do fim do Clear Linux OS, a Intel afirma que continuará investindo no ecossistema Linux de forma mais ampla:
“Seguimos comprometidos com a comunidade open source. Continuamos contribuindo ativamente para projetos e distribuições Linux a fim de garantir a melhor experiência com hardware Intel.”
Na prática, a empresa deve focar seus esforços em parcerias com distros consolidadas, como Ubuntu, Fedora e Arch, além de continuar otimizando seus drivers para o kernel principal.
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