China testa robôs que usam o metrô para fazer entregas sem ajuda humana

China testa robôs que usam o metrô para fazer entregas sem ajuda humana

Em um movimento que parece saído de um episódio futurista, a cidade de Shenzhen, na China, deu início a um experimento logístico ousado: robôs autônomos agora utilizam a linha 2 do metrô para realizar entregas de mercadorias diretamente em lojas 7-Eleven localizadas dentro das estações. Tudo isso sem nenhuma intervenção humana.

 

A revolução da entrega

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O projeto, inédito no mundo, é fruto da parceria entre o grupo Shenzhen Metro e a VX Logistics, divisão de logística inteligente da Vanke Group. Equipado com algoritmos de roteamento, sensores de navegação e sistemas avançados de inteligência artificial, o robô é capaz de embarcar em trens, descer na estação correta e entregar os pacotes com precisão — mesmo em meio à multidão de usuários.

A ideia vai muito além de uma entrega inusitada. Segundo os idealizadores, o objetivo é transformar o metrô em uma malha logística paralela, que opere de forma complementar ao sistema viário tradicional, especialmente durante os horários de pico, quando as ruas de Shenzhen se tornam praticamente intransitáveis.

Hoje, a rede da 7-Eleven já conta com mais de 100 lojas operando dentro das estações de metrô da cidade, atendendo cerca de 9 milhões de passageiros por dia. O problema: caminhões de entrega enfrentam congestionamentos, falta de espaço para estacionamento e atrasos frequentes. A introdução dos robôs promete desafogar esse gargalo logístico.

Segundo estimativas da VX Logistics, apenas 41 robôs seriam suficientes para atender toda a demanda de pico das lojas no sistema metroviário.

O cérebro por trás da operação

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O segredo do sistema está em sua arquitetura de inteligência. Cada robô utiliza um software de agendamento dinâmico que considera variáveis como:

  • Volume de pedidos por loja;

  • Localização e horários de funcionamento;

  • Capacidade de transporte dos trens;

  • Fluxo de passageiros.

Com base nesses dados, o algoritmo define as melhores rotas para cada robô, em tempo real, garantindo entregas rápidas e eficientes. E o mais interessante: o sistema aprende continuamente com os dados operacionais, otimizando os trajetos a cada novo ciclo.

Teste em andamento, mas com planos ambiciosos

Por ora, o experimento segue em fase de testes e ajustes operacionais. Mas o plano é ousado: Shenzhen quer transformar toda a cidade em um laboratório urbano de robôs inteligentes, segundo o plano de ação oficial para o período 2025–2027.

A proposta inclui o uso desses robôs não apenas no transporte de mercadorias, mas também em aplicações para saúde, segurança e serviços públicos.

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